1 de Outubro de 1958 . Há exatamente 56 anos, a NASA (National Aeronautics and Space Administration) iniciava suas operações, substituindo completamente seu antecessor NACA (National Advisory Committee for Aeronautics).
Sabe aquele velho desejo humano de conquistar e explicar a natureza? Se Santos Dummont foi audacioso ao propor formas de colocar o homem no céu no século XX, a NASA conseguiu provar de vez de que o céu não é mais um limite. A chegada do homem a lua, em 1969, só aumentou o desejo de explorar o Universo.
Dentre os vários programas da NASA, destaca-se o Telescópio Espacial Hubble, batizado em homenagem a Edwin P. Hubble (1889-1953), famoso por estudar as nebulosas e por seus estudos que confirmam que elas estão em constante processo de afastamento uma das outras. O telescópio, que gira em torno da terra a 612 km da superfície através de um sistema de rodas de reação, teve um papel decisivo para o estudo do Universo ao mostrar imagens nítidas nunca antes vistas. Através de suas imagens, pode-se entender mais sobre a idade e expansão do Universo, buracos negros, morte de estrelas e a ainda misteriosa energia negra.
Desde o seu lançamento, em 1990, o Hubble recebeu alguns reparos feitos através de missões tripuladas. O primeiro ocorreu logo após entrar em órbita, devido a um erro ínfime na fabricação de um dos espelhos do sistema ótico, mas que gerou um grande problema na nitidez do instrumento. Sua última missão de reparo foi feita em 2009, e a partir desse ponto, a expectativa de vida do Hubble é de 30 anos, aproximadamente.
Mas o que torna o Hubble tão superior a tantos outros telescópios normais?
Basicamente, dois motivos podem responder a pergunta acima.
O primeiro é que, por estar orbitando a Terra a uma distância bem grande, na Exosfera, a captação de imagens do Hubble não sofre as diversas interferências causadas na captação de imagem causadas pela atmosfera, que além de poeira e diversas partículas em suspensão, possui em sua própria composição diversos gases que causariam uma refração da luz a ser captada do espaço.
Outro motivo relevante é a refinada construção ótica do aparelho. O telescópio pode captar imagens a mais de 10 bilhões de anos-luz. A distância é tão grande que a luz que o Hubble captura em uma fotografia pode ser proveniente da época do surgimento do Universo! Pense, seria como um telefone sem fio que demora 13,9 bilhões de anos pra ser ouvido!
A luz que entra no telescópio é refletida primeiro por um espelho primário, que direciona a luz para um outro espelho (secundário), que por sua vez capta a luz, melhora o seu foco e a envia de volta, concentrando os raios de luz em um orifício no centro do primeiro espelho, fazendo com que a luz passe por mais uma série de espelhinhos até que chegue a um dos vários sensores que compõem o Hubble: infravermelho (calor), espectrográfica (que divide a luz em cores para descobrir a composição das estrelas), fotômetro de alta velocidade (captar movimentos dos astros), câmera de campo largo e planetário, câmera de objetos pálidos e uma enorme gama de outros recursos que permitem a captação de diferentes situações no espaço. Uma das únicas restrições é que o telescópio não consegue captar imagens do Sol, pois seria afetado pela luz e calor intensos, assim como acontece com Mercúrio e Vênus.
A seguir, confira uma galeria de algumas das belíssimas imagens capturadas pelo Hubble, retiradas do Hubble Site:












Nenhum comentário:
Postar um comentário