segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Qual estado físico do fogo?

Estado líquido? Gasoso? Sólido é que não é...





Se alguém te fizesse essa pergunta, qual resposta você daria? Eu particularmente responderia algo como líquido, mas a resposta está até bem óbvia e lógica. Não está em NENHUM estado físico. O fogo não é composto por matéria, e sim por energia, sendo assim, não podendo classificá-lo em estados físicos. Quando algo pega fogo, a resposta é que quando o matéria chega a uma certa temperatura, suas moléculas se quebram, se unindo com o oxigênio do ar e formando moléculas de água.

Água? Talvez você se pergunte isso, como pode formar água numa combustão? Bem, vou dar o exemplo da fórmula de combustão do etanol:

C2H6O (l) + 3O2 (g) à 2CO2 (g) + 3H2O (v)

Essa fórmula é da combustão do etanol. Se usa oxigênio como reagente, e como produto se tem gás carbônico e moléculas de água.

Moléculas de água aparecem em forma de chamas. Isso porque a energia que cabe nas moléculas de água é menor que a liberada pela madeira. Então, o que sobra da reação vira luz e calor - ou melhor, fogo. Há quem diga que o fogo é do quarto estado físico, o plasma, mas isso não é verdade, deixando bem claro.

O fogo (no sentido comum) não é plasma, é apenas radiação eletromagnética na região do infravermelho (calor, por isso o sentimos) e visível (cores, por isso o enxergamos) emitida pelos gases produzidos na reação de combustão devido à energia liberada nesta reação. À medida que os gases produtos se difundem e afastam-se da base da chama onde ocorre a reação, eles vão se resfriando e deixando de emitir energia nestas frequências, e o fogo desaparece.

sábado, 4 de outubro de 2014

Experiência 3: COLOCANDO FOGO NA ÁGUA



Mais uma experiência do blog Cientificina! Esperamos que vocês gostem e avaliem!
Bom fim de semana a todos!

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Sangramento no nariz? Coloque bacon!


A medicina se supera a cada dia, salvando vidas e ajudando milhares de pessoas, mas alguns dos métodos para salvar tais vidas às vezes se mostram bizarros.

       Um destes casos bizarros é o da criança de quatro anos de idade com Trombastenia de Glanzmann uma síndrome hemorrágica nasal rara, perante esse quadro uma equipe de médicos dos Estados Unidos (Detroit Medical Centre, Michigan) conseguiu parar o sangramento no nariz ao colocar fatias de bacon dentro destes.






Este método ganhou o nome de “preenchimento nasal com tiras de porco curtidas”.

Os sangramentos foram estancados em menos de 72 horas, supostamente por causa das proteínas presentes no bacon que ajudaria a coagular o sangue. O uso de carne de porco para fins hospitalares já é bem antigo, desde 1940 são relatados casos com o uso de bacon no estancamento de hemorragias.
Esta pratica caiu em desuso muito provavelmente por motivos higiênicos, bactérias que podem estar na carne e tecnológicos com o uso de técnicas cirúrgicas e desenvolvimento de materiais para tampões.
Mas em momentos de desespero este método seria muito prático, uma pessoa que não provem de tais tecnologias, pode sem maiores problemas minimizar o sangramento ate chegar no hospital.
Você colocaria um bacon no nariz? Comente!!!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Hubble, Hubble, Hubble

      
       1 de Outubro de 1958 . Há exatamente 56 anos, a NASA (National Aeronautics and Space Administration) iniciava suas operações, substituindo completamente seu antecessor NACA (National Advisory Committee for Aeronautics).

       Sabe aquele velho desejo humano de conquistar e explicar a natureza? Se Santos Dummont foi audacioso ao propor formas de colocar o homem no céu no século XX, a NASA conseguiu provar de vez de que o céu não é mais um limite. A chegada do homem a lua, em 1969, só aumentou o desejo de explorar o Universo.

       Dentre os vários programas da NASA, destaca-se o Telescópio Espacial Hubble, batizado em homenagem a Edwin P. Hubble (1889-1953), famoso por estudar as nebulosas e por seus estudos que confirmam que elas estão em constante processo de afastamento uma das outras. O telescópio, que gira em torno da terra a 612 km da superfície através de um sistema de rodas de reação, teve um papel decisivo para o estudo do Universo ao mostrar imagens nítidas nunca antes vistas. Através de suas imagens, pode-se entender mais sobre a idade e expansão do Universo, buracos negros, morte de estrelas e a ainda misteriosa energia negra.
      
       Desde o seu lançamento, em 1990, o Hubble recebeu alguns reparos feitos através de missões tripuladas. O primeiro ocorreu logo após entrar em órbita, devido a um erro ínfime na fabricação de um dos espelhos do sistema ótico, mas que gerou um grande problema na nitidez do instrumento. Sua última missão de reparo foi feita em 2009, e a partir desse ponto, a expectativa de vida do Hubble é de 30 anos, aproximadamente.

Mas o que torna o Hubble tão superior a tantos outros telescópios normais?


       Basicamente, dois motivos podem responder a pergunta acima.

       O primeiro é que, por estar orbitando a Terra a uma distância bem grande, na Exosfera, a captação de imagens do Hubble não sofre as diversas interferências causadas na captação de imagem causadas pela atmosfera, que além de poeira e diversas partículas em suspensão, possui em sua própria composição diversos gases que causariam uma refração da luz a ser captada do espaço.

       Outro motivo relevante é a refinada construção ótica do aparelho. O telescópio pode captar imagens a mais de 10 bilhões de anos-luz. A distância é tão grande que a luz que o Hubble captura em uma fotografia pode ser proveniente da época do surgimento do Universo! Pense, seria como um telefone sem fio que demora 13,9 bilhões de anos pra ser ouvido!

       A luz que entra no telescópio é refletida primeiro por um espelho primário, que direciona a luz para um outro espelho (secundário), que por sua vez capta a luz, melhora o seu foco e a envia de volta, concentrando os raios de luz em um orifício no centro do primeiro espelho, fazendo com que a luz passe por mais uma série de espelhinhos até que chegue a um dos vários sensores que compõem o Hubble: infravermelho (calor), espectrográfica (que divide a luz em cores para descobrir a composição das estrelas), fotômetro de alta velocidade (captar movimentos dos astros), câmera de campo largo e planetário, câmera de objetos pálidos e uma enorme gama de outros recursos que permitem a captação de diferentes situações no espaço. Uma das únicas restrições é que o telescópio não consegue captar imagens do Sol, pois seria afetado pela luz e calor intensos, assim como acontece com Mercúrio e Vênus.


A seguir, confira uma galeria de algumas das belíssimas imagens capturadas pelo Hubble, retiradas do Hubble Site:




segunda-feira, 29 de setembro de 2014

E se a Terra tivesse a mesma gravidade de Júpiter?

Bem, sabemos que Júpiter é um baita planeta, o maior do sistema solar, por consequência deve ter uma grande gravidade, vamos ver?





Júpiter, maior planeta do sistema solar, possui um diâmetro de 11 vezes maior que a Terra, sua massa é cerca de 318 vezes maior que a da Terra, é visto por nós a olho nú, como uma estrela, em momento de brilho máximo, possui 12 satélites. Um planeta tão grande deve ter uma gravidade bem maior que a da Terra, certo? Errado. Apesar de aparentar ter uma gravidade tão grande, é cerca de 2,5 vezes a gravidade da Terra, cujo teria que "engordar" 15,6 vezes mais para chegar na mesma gravidade.
A Terra, por consequência "engordaria" sextilhões de ouro, prata, petróleo. A gasolina não seria tão cara, provavelmente. Mas há um problema: essa diferença de gravidade causaria caos e discordia, pontes e prédios não aguentariam muito tempo, e nem mesmo nossos próprios corpos.





Nossos corpos são acostumados a essa gravidade terrestre, nem muito forte, como a de Júpiter, mas nem tão fraca, como a de marte. Muito provável que nós, seres humanos, nem existiríamos se tivesse a gravidade de Júpiter, ou melhor, poderíamos até existir, mas com aparências fisiológicas diferentes, é muito difícil definir com exatidão o que aconteceria.

Se, do nada, a gravidade mudasse para a de Júpiter, seria como entrar numa montanha-russa contínua, seríamos puxados para baixo, nesse caso, seríamos menores, árvores também, a lua seria puxada de uma forma diferente, mais forte. Provavelmente não choveria tanto também, com o aumento da gravidade, achataria a atmosfera, deixando-a mais curta. Como consequência, não haveria tanto espaço para se formar as nuvens e choveria muito, muito pouco.

Imagina só, um mundo com o ar mais rarefeito ainda, um lugar como La Paz, que fica a 3660 metro acima do nível do mar, seria tão frio e sem oxigênio quanto o monte Everest, a 8848 metro acima do nível do mar. Com certeza o lado ruim parece ser maior do que o lado bom.

Porém, todas essas especulações partem do pressuposto de que a Terra muda de gravidade para a de Júpiter, do nada. Se essa fosse a nossa gravidade desde o começo, provavelmente nos adaptaríamos e seria tudo diferente, não seríamos como somos agora, mas acredito que existiria vida, aí vai de cada um.

E o que você acha? Interessante? Comente!

sábado, 27 de setembro de 2014

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Chuva de Diamantes



Já imaginou uma chuva de diamantes? Bem, na Terra isso seria impossível, mas em planetas como Júpiter e Saturno estas chuvas são frequentes.



       Há muito tempo, estes dois planetas intrigam estudiosos por suas características peculiares. Uma delas é que eles são planetas gasosos, ou seja, não tem uma superfície definida, e outra, que também é bastante intrigante, é que ambos possuem densidade menor que a da água.

       Mas, uma das questões que levaram estes cientistas a estudarem estes planetas é o fato das possíveis chuvas de diamantes. Depois de várias pesquisas foi constatado que esse fenômeno só ocorria por causa da transformação do carbono contido no gás metano, abundante nestes planetas. Conforme as partículas de carbono caem (puxado pela gravidade do planeta) entram em choque com a pressão atmosférica destes, se tornando primeiro grafite e logo após diamantes.



       Depois desta possível descoberta, o interesse em viajar até para estes planetas cresceu absurdamente, mas a distância é um dos principais fatores que dificulta a viagem.

       Alguns estudiosos dizem ainda que, além de haver chuva de diamantes, existe a possibilidade de existirem oceanos de diamante líquido e icebergs feitos do mesmo material nos dois planetas.

       Por enquanto a tecnologia que o homem dispõe é insuficiente para realizar tal viagem, mas será que nas próximas décadas conseguiremos fazer viagens interestelares?

Deixe o seu comentário!


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Alquimia: A Ciência Oculta


Há quem diga que ciência e religião são caminhos traçados paralelamente. Será verdade?





       A Alquimia foi uma "doutrina religiosa-filosófica-científica" que surgiu na Antiguidade se apropriando dos conhecimentos ocultistas da Mesopotâmia, Pérsia, Caldéia, Egito, Síria, entre outros povos. Costuma-se dividi-la em Alquimia Chinesa e posteriormente, com a difusão cultural criada por Alexandre, o Grande, a alquimia se espalhou para o mundo ocidental, atingindo Grécia, Egito, Mundo Islâmico e outras grandes civilizações. Com as Cruzadas, a alquimia entrou em contato com os europeus, originando a alquimia medieval, com seu ápice entre os séculos XIV e XVI. A alquimia representou principalmente o Renascimento antropocentrista que buscava igualar o conhecimento humano ao poder divino criador da natureza, ao mesmo tempo em que unia Química, Física, Astrologia, Filosofia, Arte, Metalurgia, Medicina, Misticismo e Religião, sendo extremamente influente no desenvolvimento científico.


As principais finalidades da Alquimia eram:
  • Transmutar metais diversos em ouro, considerado o metal mais nobre e símbolo da perfeição 
  • Obter o Elixir da Longa Vida, capaz de curar qualquer enfermidade e dar a vida eterna 
  • Criar vida humana artificial, representada principalmente pela tentativa de ciar os homunculi 
       
       Tanto a transmutação de metais quanto a vida eterna poderiam ser obtidas pela Pedra Filosofal, que se tornou o objeto de busca incessante de muitos na época. A busca por essa pedra mística ficou conhecida como "A Grande Obra". A tentativa de criação dos homunculi se deu através de diversas experiências com sêmen humano, e pode ser considerada como um embrião dos estudos que muito futuramente dariam origem à fecundação artificial.
       
       Os alquimistas foram muito perseguidos pela Igreja Católica por terem as suas experiências associadas a pactos com o demônio. Por esse motivo, os alquimistas buscaram mascarar seus rituais/experiências de várias formas. Uma delas é a utilização de simbologias muito específicas e diversas metáforas presentes nos livros alquímicos. Alguns estudiosos e historiadores afirmam ainda que a busca pela transmutação para o ouro foi, na verdade, uma tentativa de esconder os verdadeiros rituais ocultistas que contrariavam a mentalidade da época pois queriam ultrapassar as revelações divinas para entender o equilíbrio do Universo. Um exemplo que permanece até hoje em nossa cultura é o fato do enxofre, uma das matérias-primas principais dos alquimistas, ser comumente associado ao demônio.
       
       O Universo, por sua vez, era visto como a junção de Fogo, Terra, Água e Fogo. Esses conceitos são notados no filósofo Empédocles(490 a.C. - 430 a.C.), que considerava que estes quatro elementos eram a arkhé criadora do mundo e da matéria, e que essa matéria poderia ser unida ou separada pelo amor e ódio.


Mas você deve estar se perguntando: E no que isso ajudou para a ciência?


       Primeiramente, a Alquimia foi a grande responsável pela difusão da tese da transformação e reação dos elementos químicos. Além disso, através dela foi possível conhecer e descobrir muitos elementos, além dos processos utilizados na época, como a destilação, combustão, aquecimento e evaporação, vistos como capazes de transformar as proporções dos quatro elementos na matéria, transmutando-a. A fabricação do sabão também era feita em grande escala pelos alquimistas.

       Outro aspecto importante difundido na época foi a noção de que, no Universo, a matéria nunca é destruída por completa ou criada do zero, sendo esta apenas a definida pela modificação das proporções elementares. Esta ideia seria retomada no século XVIII por Lavoisier, um dos mais importantes químicos na história.

       Robert Boyle, outro importante pioneiro da Química como a que conhecemos hoje, procurou diferenciar a ciência da religião, criando o dualismo científico-religioso que foi afirmado durante o Iluminismo e a corrente cientificista, que prezavam a ciência pura como único meio de atingir a verdade. Porém, Boyle seguiu as referências alquimistas e acreditava na transformações de metais.
       
       A Pedra Filosofal foi objeto de estudo de muitos cientistas mesmo após a alquimia ter perdido sua força para a ciência propriamente dita. Um exemplo disso é Isaac Newton, importante Físico que concentrou parte de seus estudos na busca de tal artefato.

       A Alquimia foi elemento fundamental para o nascimento de muitas ciências que conhecemos e que são fundamentais no mundo de hoje. Além disso, a contribuição para o ocultismo foi tão significativa quanto para a ciência.

       Mesmo hoje, podemos encontrar várias referências dos alquimistas em diversos produtos culturais. Esta ciência, juntamente ao mito da Pedra Filosofal, serviram de referência para a criação de diversas obras: desde livros como Harry Potter e a Pedra FilosofalO Alquimista e O Código da Vinci; passando por animes e mangás como Fullmetal Alchemist e até mesmo uma novela brasileira de nome Fera Ferida exibida entre 1993 e 1994.


E você, gostou do post? Acha que ciência e religião se dão bem juntas? Não deixe de comentar abaixo!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

E se o oxigênio acabasse por 5 segundos?


Imagina se o nosso querido oxigênio desaparecesse, Seria um verdadeiro caos!




       Como seria nossa vida sem oxigênio? Mesmo por pouco tempo, aconteceriam muitas coisas, como por exemplo, nossa pele queimaria pelos raios ultravioletas, pois são as moléculas de oxigênio no ar que nos protege desses raios. Outra coisa que aconteceria é que tudo que é feito de concreto, desmoronaria, já que o oxigênio é uma importante liga, grandes edifícios, móveis, tudo viraria pó.
       

       Só com isso já estaríamos em grandes apuros, mas ainda têm mais, ligas metálicas se fundiriam, sem a camada de oxidação, metais se juntam automaticamente quando entram em contato. O céu ficaria escuro, pois sem as partículas de oxigênio para refletir a luz, o céu ficaria praticamente preto. Agora vem o pior, a nossa água, que nós bebemos, não vivemos sem ela, se transformaria. A água é H2O e, tirando o oxigênio, sobra H2 que é gasoso, ou seja, oceanos evaporariam e sumiriam no espaço, sem o oxigênio o hidrogênio é livre para flutuar acima da troposfera, imagina o nosso planeta azul não mais tão azul assim. E por fim, a superfície da Terra iria ruir, o oxigênio compõe cerca de 45% da crosta. Diante de vários outros fatores esse realmente seria o fim do mundo.


Mas e se o oxigênio dobrasse?       

       Nós ficaríamos mais felizes e dispostos, o oxigênio melhoraria nossa cognição, estado de alerta e desempenho físico. O combustível renderia muito mais, os aviões de papel voariam mais longe, mas como sempre, há seu lado bom e ruim, principalmente ruim. Para começar existiriam insetos gigantes, pois o tamanho do corpo é determinado pela proporção de oxigênio na atmosfera.
      
       Para piorar as florestas seriam devastadas por gigantescos incêndios, qualquer raio iniciaria um incêndio, quase que certeza que a vida de animais e vegetais seria bastante diminuída, em sua duração, por estresse oxidativo. Provavelmente a profissão de bombeiro seria uma das mais necessárias e mais arriscadas do mundo.
      
       Tudo que temos que fazer agora é agradecer o oxigênio, por ele ser como ele é.


Mas e você, o que acha sobre isso? Deixe seu comentário!



sábado, 20 de setembro de 2014

Experiência 1: O COCO E A BALA



Finalmente! A primeira experiência do blog Cientificina está no ar.
Recomendamos fortemente que a experiência seja realizada longe dos seus pais, e que a bagunça seja arrumada antes que eles cheguem em casa.

Um grande abraço e um bom final de semana!